quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Crônica - O Futuro

Os dias no metrô de São Paulo viram rotina facilmente, e nos surpreendemos quando nos deparamos com algo incomum. Uma tarde, depois de sair do trabalho, vi uma idosa entrando no metrô, seus cabelos vermelhos espetados para cima e seus braços cobertos de tatuagens coloridas chamavam atenção por onde ela passava, entre olhares de julgamentos, reparei que, algumas pessoas, a olhavam como eu olhava, com admiração. A senhora não pareceu se importar com os olhares, nem com os comentários sobre sua idade e suas tatuagens, ela lançava olhares gentis, e cedeu o lugar para uma senhora com mais idade. Ela parecia uma pessoa extremamente bem sucedida e feliz. Olhando para fora e vendo tanta diversidade nas paradas do metrô, vi que talvez, no futuro, eu seja a senhora de cabelos vermelhos e tatuagens, e talvez, não terá muitos olhares e julgamentos sobre mim, serei comum aos olhos de todos.


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